quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Proibidos por lei


A proibição do uso de animais nos espetáculos de circo começou a ser válida no ano de 2004, a partir de leis estaduais que foram sendo implantadas ao longo de dois anos. A iniciativa se deu a partir de vídeos que foram divulgados denunciando maus tratos à cavalos, leões, elefantes e outros animais que participavam dos espetáculos.
A partir da implantação da lei, ficou proibido o uso também de animais domésticos, punindo com multa de cem mil reais os grupos que não respeitarem a legislação. A fiscalização de higiene e saúde, que já era obrigatória, abriga agora a vigilância dos animais.
O governo decretou que é preciso reconhecer o sofrimento dos selvagens, que na maioria das vezes eram mantidos em lugar impróprio, com má alimentação e um adestramento não adequado. Outros pontos colocados foram: a compra de animais do tráfico clandestino, os inúmeros acidentes ocorridos na convivência dos animais com as crianças, os riscos que oferecem ao público e mais oportunidades de trabalho para palhaços e malabaristas.
Quem não gostou da proibição foi Leandro Moreira. O atual malabarista foi domador de leões durante 10 anos e perdeu mais de 17 mil reais com o recolhimento de seus três felinos e todo o equipamento necessário para manter os animais.
O governo não reembolsou valor ou ofereceu qualquer ajuda para o profissional. Na época, Moreira precisou aprender em poucos dias novos números para não perder o emprego. “Aqueles leões eram meus filhos, eram quem me acompanhava nas viajens, eu jamais maltrataria ou deixar de oferecer boas condições de vida à eles”, lamenta ele. 
O ex-domador, que nunca levou nenhuma mordida dos seus animais, questiona o projeto de lei. Ele afirma que deveria haver uma maior fiscalização para impedir os maus tratos ao invés de não deixar que os grupos que agem de forma correta tenham seus bichos. “É porque custa mais caro a fiscalização, proibir todos os circos sem pensar nos prejudicados é mais barato”, conclui Moreira
Os animais que são recolhidos são levados a organizações que ajudam achar santuários e zoológicos para acolhê-los, mas o transporte ainda deve ser arcado pelo proprietário dos bichos. O IBAMA também oferece em algumas unidades estrutura física para manter os mais frágeis.
Vitória Lovat

terça-feira, 25 de outubro de 2011

JORNALISMO EM “TEMPO REAL” O fetiche da velocidade

Uma dica de leitura para que curte internet é o livro "Jornalismo em Tempo Real - O fetiche da Velocidade", onde a autora Sylvia Moretzsohn trata da corrida contra o tempo no mundo virtual e a qualidade que a comunicação online vem apresentando.

Resumo

A internet, vista como um produto de massa, está cada vez mais mitificada em um fetiche de velocidade onde o passar as notícia em primeira mão não importa mais. No ciberespaço o tempo também é dinheiro, e fica cada vez mais claro a intenção de apresentar a mais informações os mais rápido possível “rindo” do concorrente. O valor da notícia está agora em chegar na frente e pautas as redações de jornais do dia seguinte.   
A tecnologia está presente e é usada pela sociedade como meio de integração e quebra de barreiras de tempo e espaço oferecendo uma falsa sensação de liberdade. Ao mesmo tempo que você está sim se comunicando, ainda está preso ao lugar físico que se encontra e a ao relógio. O que ocorre é uma diferente forma de se lidar com o tempo no virtual, um novo e invisível aprisionamento.
A autora usa das palavras de Pierre Lévy para comentar sobre os bancos de dados. A constante utilização de banco de dados também se dá cada vez mais modernos e atuais. Agora, presente e o passado estão engajados no tempo presente e serão úteis em um tempo futuro.
A responsabilidade social que o jornalismo tem se relaciona com o direito de saber do cidadão, a verdade e a imparcialidade. Em mais de 2000 o Vaticano anunciou o jornalismo como uma profissão sagrada. Em 1947 nos Estados Unidos recomendava que a imprensa não divulgasse os fatos, de verdade, mas sim, a verdade sobre os fatos.
O jornalismo tratado como mercadoria faz com que o jornalista tenha a função de adaptar a informação em produto dentro das normas mercadológicas da sociedade.
            Na corrida contra o tempo, a velocidade ás vezes obriga o profissional publicar informações sem ter a certeza dos fatos. O atual é conhecido como fundamento de jornalismo, o que é novo é notícia, citam alguns autores. Mas não é bem assim, a seleção das informações de acordo com o público que atinge, veículo e relevância ainda é a principal forma de se definir o que é notícia.
  
Vitória Lovat

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

#AdoteUmAnimalAbandonado

As duas hashtags que estão movimentando o twitter hoje são “São Francisco de Assis” e a #AdoteUmAnimalAbandonado. O movimento está se dando à data de falecimento do santo protetor dos animais. Giovanni di Pietro di Bernardone, conhecido popularmente por São Francisco de Assis dedicou sua vida à religiosidade e à adoração aos animais.

O link que propõe a adoção de um animal abandonado gerou alguns rumores. O questionado nesta manhã foi se todo mundo realmente adotaria um animal abandonado ou estava apenas fazendo a divulgação e publicando que gostava do seu bichinho de estimação. O movimento pode se tornar concreto se a escolha da adoção for realmente feita ao invés da compra de cães de raça, por exemplo.

Confira os links das menções: #adoteumanimalabandonado SaoFranciscodeAssis
Vitória Lovat

Lei que permite a tortura de animais está em vigor desde 2004


O parágrafo único do Código Estadual de Proteção aos Animais que altera e coloca uma exceção, permitindo o sacrifício e a tortura de animais em rituais religiosos africanos ainda gera polêmica. O projeto de lei aprovado em 2004 pelo Governador da época Germano Rigotto, foi da autoria do Deputado Estadual Edson Portilho do Partido dos Trabalhadores (PT).

O parlamentar, atual vereador da cidade de Sapucaia do Sul, havia marcado a apresentação para votação no mês de julho, mas fez uma chamada urgente antecipando a reunião e deixando os animais sem defesa apropriada. O resultado foi de 32 votos a favor e apenas 2 contra o projeto. Com isso, está librado o banho de sangue do culto africano e os animais poderão ter olhos e dentes arrancados e ser cortados em pedaços.

Edson Portilho é atual vereador de Sapucaiado Sul - RS
O vereador de Porto Alegre Beto Moesch, discorda da lei e, afirmou para o portal de notícias do Terra que a constituição é clara ao dizer é proibido submeter os animais a qualquer tipo de crueldade. “Trata-se de uma decisão lamentável, que vai de encontro ao próprio sentido da religião, de buscar a paz de espírito. É um atraso”, lamenta o vereador.
A alteração está em vigor desde o ano da aprovação. O Ministério Público entrou com uma ação para excluir o parágrafo único mas a lei foi considerada constitucional pelos desembargadores do Rio Grande do Sul.

Vitória Lovat

domingo, 25 de setembro de 2011

Musicalização Infantil

            A criança que tem acesso à experiência musical apresenta um equilíbrio emocional diferente das demais. A música trabalha diretamente com o interior da pessoa, oferecendo, de acordo com os estímulos dados pelo professor, uma maturidade emocional e recursos para se tornar um cidadão melhor.
Para educar, não se pode assustar as crianças, isso bloquearia a aceitação de aprender música, havendo uma rejeição natural. Aprender brincando é uma solução viável, trazer informações externas e do conhecimento e dia-a-dia dos alunos facilita a memorização, obtendo melhor atenção para aplicar o conteúdo de forma envolvente com o grupo.
A pedagoga Estela Cavaletti observa que em um tempo onde tudo se encontra pronto e é dispensado o trabalho de pensar, é satisfatório ver a realização da criança ao “produzir música” interferindo principalmente na construção psicomotora. Estela alerta ainda para que o estudo da música não seja sempre isolado, quando ela pode oferecer uma interação e desenvolvimento em grupo. “As crianças dessa geração estão sendo pouco investidas  nas relações interpessoais, na troca com o outro”, observa.
A musicalização contribui para um melhor desenvolvimento da criança
Professora e proprietária da Escola de Música DM, Débora Marcon, afirma que prefere trabalhar em grupo, sugere aulas particulares apenas para os alunos que apresentarem um dom, uma musicalidade diferente dos demais. As aulas particulares oferecem maior atenção aos problemas de cada um, o que não quer dizer que há grande diferença nos resultados. “O conteúdo oferecido é o mesmo, a diferença é como cada um absorve”, explica.
A diferença de idade exige uma diferente forma de apresentar a música. Alunos bastante jovens não questionam o que é apresentado, apenas absorvem a descoberta do universo sonoro, a diferenciação de ruído e som, grave ou agudo, por exemplo. Os adolescentes nem sempre aceitam o que é transmitido, questionando e esclarecendo dúvidas, fazem com que o professor recorra a um trabalho também teórico e mais objetivo. 
Todo o processo de musicalização deve ser aplicado por um profissional qualificado para isso. “Nem todo músico, pode ser um educador”, conclui a educadora e ressaltando ainda a importância de se trabalhar a música brasileira que oferece juntamente com ela uma grande carga de cultura desconhecida do nosso país.
Vitória Lovat

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Borboletas no Estômago


Elas que não tarde, sempre voltam.
Inquietando, desviando pensamento.
Não é amor, não é paixão, são só umas borboletas no estômago.
Te tira a fome, te anseia pela incerteza.

O que alimenta as malditas sem casulo é uma boa dúvida. Será? E agora?
Pra acabar com elas, melhor do que inseticida, é um sim ou não de boca cheia.
Borboletas acompanhadas de um sim acabam logo, perdem o tesão de voar e partem pra outra. Borboletas, acompanhadas de um não, viram paixão, vira ridículo, amor não correspondido e, tempo depois, um livro de poesia chorona, ou um aquele sertanejo dor de corno.

Borboletas no estômago pedem uma boa dose de mãos suadas, tremedeira e rosto vermelho.
Ei garçom? Me vê um completo por favor?

Vitória Lovat

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A EDUCAÇÃO ENTRA NO RITMO

    “O Brasil ainda não tem estrutura suficiente para oferecer as aulas de música”, afirma Débora Marcon, sobre a lei que concretiza a implantação de aulas de musicalização nas escolas públicas e privadas do Brasil. Professora e proprietária da Escola de Música DM, Débora, com mais de 15 anos de profissão, frisa a importância de professores qualificados para ministrar o ensino da música aos alunos.    
     
     O projeto de lei da ex-Senadora e atual governadora do Estado do Maranhão, Roseana Sarney, que foi vetado em agosto de 2008, propõe retomar o ensino da música nas séries básicas das escolas brasileiras, que foi retirado do currículo na década de 70. As instituições, conforme artigo publicado pelo Senado Federal, teriam até três anos letivos para o incremento da música no currículo, o que encerrou em 31 de agosto de 2011.
     
     O documento publicado prevê ainda que o conteúdo deve ser aplicado por professores com formação específica na área musical, o que não ocorre. Luciane Andreola, professora de artes e diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente Dutra, em Farroupilha - RS, afirma que os professores de Línguas e Artes trabalham música dentro do conteúdo previsto para a disciplina, sem um conhecimento necessário.

     O Secretário da Educação e Cultura da cidade, Bolivar Pasqual, afirma que o governo federal não disponibilizou professores licenciados ou verba para a concretização do projeto, recorrendo, assim, a medidas alternativas para oferecer maior qualidade nas aulas. “Está havendo uma maior qualificação dos professores, principalmente os de artes para aplicar a musicalização”, esclarece.

      A Secretaria de Educação de Farroupilha contrata palestras e oficinas com profissionais do ramo para direcionar os educadores e instruí-los em como ensinar música corretamente ás crianças. O que ainda não é suficiente, segundo Débora, que salienta a importância dos detalhes que apenas um músico licenciado saberia, como por exemplo, respeitar o tom da voz de cada aluno.


Vitória Lovat

domingo, 11 de setembro de 2011

Abbey Road: da faixa de pedestres ao sucesso

O álbum dos Beatles que mais vendeu até hoje e um grande causador de polêmica foi Abbey Road. Produzido por George Martin e lançado em setembro de 69, Abbey Road, que era apenas o nome de uma movimentada rua de Londres e um estúdio de gravação localizado na mesma, se tornou um dos maiores discos de rock do universo musical.

Apesar ser o último disco gravado pela banda, foi o penúltimo a ser lançado. Let It Be, o penúltimo a ser gravado, foi lançado como o fim da carreira do quarteto de Liverpool. Apesar da crise que a banda passava e já com certa previsão do término, em Abbey Road, cada um deles cantou e tocou como jamais haviam feito em outros discos.   

Segundo dados da Revista Época, 2010, George Martin produziu e orquestrou junto com Geoff Emerick o disco que apresenta uma mistura de música clássica e progressiva, ainda levando algumas influências de blues e country. Neste álbum, a diferença dos demais trabalhos realizados e, o crescimento de cada músico é notável não só por quem acompanhava a banda de perto.

George Harrison, criticado pelas suas composições teve seu momento de Glória no lado B do LP. Lennon, que compareceu poucas vezes as gravações, ainda conseguiu destaque em Come Togheter e Because. Ringo, como Harrison, obteve do privilégio de ter o seu primeiro (e único) solo de bateria em um álbum da banda.

Abbey Road ficou no topo das paradas durante 18 semanas. O álbum termina com uma música de despedida (The End), onde cada um dos integrantes apresenta o solo de seu instrumento, não se sabe se foi uma final proposital à toda carreira, ou apenas à esse álbum.


A fotografia de capa mostra os caras mais famosos do mundo da música atravessando alinhadamente a faixa de pedestres. Seis fotos foram tiradas, o que demorou dez minutos para ser realizado, Lennon apenas queria “tirar a foto e sair logo dali, deveriamos estar gravando o disco e não posando pra fotos idiotas”. Paul escolheu a melhor delas para a capa, mais uma genial do músico. A faixa tornou-se ponto de fotografias e alguns atropelamentos para todos os apaixonados pela banda até os dias atuais.

Vitória Lovat

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Fotografia e Semiótica

“A imagem é basicamente uma síntese que oferece traços, cores e outros elementos visuais em simultaneidade.” Eduardo Neiva. 



  Todos os elementos presentes em uma fotografia tem uma representação simbólica, mas não uma conexão necessária para dar em conjunto forma, ao que vai apresentar a totalidade e seu real significado. A imagem sempre apresenta uma história por trás, um motivo pela qual ela aconteceu, mas “[...]interessa-me apenas mostrar a ação do passado nas representações que se apresentam sob nosso olhar", explica Neiva.
  Os elementos contidos na imagem precisam ser reconhecidos como referência para produzirem o sentido desejado. Expressões facias, gestos e demais signos corporais tomam o segundo lugar, a linguagem ainda é predominante como modelo comunicional. A fotografia não depende de fatores externos, única, construida de luzes e sombras, assume por completo a sua materialidade, a imagem que de fato é. A análise depende apenas dos conceitos e estudos necessários para a decifração dos signos contidos nela.
                                   “A mecanização caracteriza a fotografia”. 
  A fotografia como um meio mecânico de imagem diferencia-se das demais, como pintura ou desenho, por exemplo. A representação da realidade é irredutível, foi criada uma cena e como não realizamos o exercício percepção e observação para apreender toda a realidade, podemos na fotografia analisar e obter conclusões porque nela exprime apenas a realizade. Trata-se de uma hiper-realidade pois não a vemos, mas nos convence de que aquilo realmente aconteceu no passado. Lima, em artigo, afirma que “O ato fotográfico, no exato instante da tomada, aprisiona, dentro do mecanismo da câmera obscura, um tempo inatual.
  Na maioría das vezes, principalmente na fotografia publicitária, a imagem está por alguma coisa, um signo de representação. Por exemplo, um sorriso simboliza a felicidade, assim como, um aperto de mãos simboliza um acordo ou uma maçã simboliza o pecado. Muitos deles requerem algum conhecimento histórico ou ao menos, conhecimentos gerais do cotidiano da sociedade. A interpretação se dará ao apoio de inúmeros dados comprovados, para mais tarde não tornar a realidade, fantasia.

Vitória Lovat

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Teatro Online

      As aulas de teatro estão saindo da sala de ensaio! O Grupo farroupilha de Artes Cênicas – GFAC inovou e criou um blog para divulgar o que acontece semanalmente em seus encontros. O aluno deve expor o que foi realizado na última aula e, tem a liberdade de expressar no que aquele conteúdo acrescentou para ele e para o grupo.
       Os relatos da aula foram ideia do professor Cássio Azeredo, algo não muito comum nos grupos de teatro, que normalmente restringem o aprendizado à quatro paredes, uma trilha sonora e alguns figurinos. O objetivo da página é apresentar aos demais o que está sendo produzido, divulgar o trabalho e convidar à quem quiser conhecer.
        O blog também é alimentado com textos sobre os eventos que o grupo participa, a agenda de apresentações, perfil dos atores, a peça que está atualmente sendo trabalhada, fotos, os festivais pelos quais concorrem e muitos prêmios já conquistados.
        Confira as novidades em: http://gfacteatro.blogspot.com/


Vitória Lovat

domingo, 4 de setembro de 2011

INTERCOM 2011: pra quem ficou


       
        Primeira semana de setembro de 2010, credenciamento e mochilas verde limão pintando Caxias e Região. Nunca vi gringo tão confuso sem saber o que eram todos aqueles paulistas. Correria, cobertura, fotos, vídeos, matérias, monitoramento, cansaço, saudades.
        Horários disponíveis: todos! Falto até trabalho pra controlar lista de presença de palestra sobre mídias sociais. Colete verde, credencial, vale lanche R$ 7,00, todos prontos, vai começar a festa, digo, o Congresso.  Shows, 4 ou 5 frees pra baladas diárias, frio, Visate, Ozelame. Borguetinho abrindo, Sul Paion com La Bella Polenta velocidade 5 fechando.
        Primeira semana de setembro de 2011, lá se foi o avião. Rumo: Recife, INTERCOM 2011, semana de incríveis descobertas, novos contatos, novos amigos, material quente pra blog de comunicador e quem sabe novos amores. Uma semana digna, pra não querer voltar tão cedo.
        Você não foi. Mil, dois mil e lá se vão salários de estagiário. Não foi pro seu bolso, não foram pros seus planos. Nenhum artigo inscrito, nenhuma euforia pra participar do Intercom Júnior, do Expocom, ou das Oficinas e Mesas Redondas. Nada de conhecer a praia de Boa-Viagem ou Porto de Galinhas. Consolo.
        Boa viagem pra você que foi, aproveite. E nós? Ah, quem sabe ano que vem.

Vítória Lovat

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Tempo e Artista

Imagino o artista num anfiteatro
Onde o tempo é a grande estrela
Vejo o tempo obrar a sua arte
Tendo o mesmo artista como tela
              Chico Buarque
                                Vitória Lovat

domingo, 28 de agosto de 2011

A Influência dos Reis do Iê Iê Iê

Os Beatles foram os pioneiros em arranjos complexos e técnicas instrumentais avançadas, a mais influente e popular banda dos últimos tempos mudou os padrões de comportamento da década de 1960 e arrebanhou milhares de fãs de todas as idades. Paul, John, George e Ringo fizeram história com um rock de qualidade, espalhando seu estilo do interior do Rein Unido pelo mundo todo, mesmo depois de 30 anos de separação e morte de 2 integrantes.
                                                                                                                           
A banda mais famosa do momento chegou ao Brasil com o filme A Hard Day’s Night. O país, com a instalação da ditadura milita em 64, estava passando por uma instabilidade política. Logo, o primeiro compacto foi lançado, Please Please Me, no início do mesmo ano. O Cavern Club foi primeiro programa direcionado à banda no Brasil, apresentado na Rádio Mundial e influenciando em grandes proporções a juventude brasileira, houve certo aumento do gosto dos brasileiros pelo rock.
Com a grande receptividade, algumas novidades da banda já estavam sendo transmitidas pelo Jornal Hoje na Rede Globo valorizando e acrescentando uma dose de música estrangeira no cenário bossa-nova brasileiro. Com essas aparições na televisão e shows em clubes como The Cavern Club, a febre “beatlemania”  se espalhava em grande escala. Em 1964, com uma reforçada campanha publicitária, o carisma e a imagem inovadora da banda, o sucesso atravessou o atlântico. No ano seguinte tiveram 10 indicações ao Grammy.
 Com uma ingenuidade estética, o grupo influenciou em nível planetário o rock, os ideais da juventude, a revolução sexual, a contestação política e social, a liberação moral na segunda metade do século e a larga cultura mundial. “Sei lá. Uma das nossas qualidades é a capacidade que temos de intrigar as pessoas. Nós parecemos um pouco diferentes dos outros.” MCCARTNEY, 1963.

A partir de 1967, eles trocam a linha da docilidade e o idealismo juvenil que vinham seguindo, por uma atitude mais ligada à resistência em relação à atitude moral e política dos governos do pós-guerra, à experiência das drogas e a uma opinião mais crítica em relação a si mesmos, ao público e ao mundo. Nesse período foram criticados pela mídia. "Setenta e cinco por cento publicidade, vinte por cento corte de cabelo". BRAUN, 1967

Lançado em novembro de 1968, o famoso Álbum Branco entrou para o Guiness Book, como disco mais vendido nos EUA em uma semana (aproximadamente 2 milhões de cópias). A ironia que o álbum trazia junto das expressões sexuais, ligadas às imagens de guerra e religião criou um ambiente de vertigem e ainda realiza uma análise crítica e em tom de deboche da sociedade e a igreja. 

Não seria um exagero dizer que os Beatles são o maior paradigma da cultura dos anos 1960. Uma complexa síntese das inquietações e da criatividade do período e a inauguração de um modelo de juventude e de liberdade que, até hoje, não foi completamente superado. Além disso, e talvez este seja o seu maior feito, os quatro de Liverpool trataram a industrialização da arte com grande perspicácia. Souberam fazer grande arte e a transmitir em massa por meio de um processo crítico em relação aos seus próprios métodos e eficiente em produzir mudança e diferença. (FLORES, S.d.)


                                                         Vitória Lovat

sábado, 27 de agosto de 2011

Bastidores!

        Está no ar o Programa Bastidores! Um mini documentário realizado pelos acadêmicos de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul. 
        Ministrado pela professora Marliva Vanti Gonçalves e com apoio da UCSTV e RBSTV Caxias do Sul, tivemos como objetivo apresentar o cotidiano dos profissionais do telejornalismo.




                                                     Vitória Lovat

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

História dos Long Plays

De acordo com o texto “História do Vinil” do portal RecriArt Mídias, a partir de 1948, os Long Plays tomaram conta da sociedade. Uma nova forma de comercialização de música fascinava os amantes da arte do instrumento. A mídia desenvolvida por Emile Berliner na década de 50 era basicamente um disco leve de plástico, 31 cm, cor preta e resistente a quedas. Para a época, uma excelente qualidade sonora, exemplo de desenvolvimento e avanço apesar de ser um mecanismo totalmente analógico.
No final da década de 1980 e início da década de 90, o surgimento dos compact discs - CD foi ligeiramente aceito por serem mais duráveis, práticos e com ainda melhor qualidade de som, como ressalta Thiago Senne (2010). No Brasil, os “bolachões”, como eram titulados, foram comercializados até meados de 2001. Hoje, ainda encontramos as relíquias nas casas de colecionadores junto com conservados aparelhos toca discos.
O RecriArt Mídias Digitais relatou a opinião de alguns entusiastas que afirmam que a mídia analógica é superior as gravações digitais por deixar o som com ar de naturalidade e não cortar nenhuma frequência sonora. Argumentam ainda, mas sem comprovação, que o conteúdo do CD, apesar de ter avançado no quesito ruído, o grande problema do vinil, elimina a real harmonia da música cortando ecos e batidas graves. Não superando, assim, a perfeição em qualidade e realidade de som dos analógicos.
Segundo o dono da Polysom, Sr. João Augusto, o motivo principal para que voltasse a tona às fabricações dos LPs apesar de um único CD caber muito mais músicas e um estoque infinito de biografias, é o fato de além de ser algo clássico como nos velhos tempos também permitem uma maior profundidade, existindo milhares de possibilidades gráficas por causa do tamanho da capa que por sinal é muito maior do que as de um CD convencional. (MURILO, 2010)



Vitória Lovat

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O que te move?

       A campanha de 35 anos da Fiat tem por objetivo contar histórias interessantes relacionadas com seu carro. Em resumo, a equipe foi às ruas de Belo Horizonte no início de agosto buscar depoimentos e transformá-los em um mini documentário. Uma boa proposta da empresa, ao meu ver, uma forma de aproximar o produto às emoções e realidade dos brasileiros.

       E você, o que te move?
       Qual é a razão pela qual enfrenta as manhãs de segunda-feira?
       Quais são seus objetivos? Pelo que você agradece toda a noite?

       Maria Tarizzi, farroupilhense, empreendedora de sucesso, dona da carrocinha de lanches mais badalada da cidade. As rugas ainda tímidas aparentam estar na casa dos 40. Vinda de família humilde, mãe solteira e visivelmente determinada; comprou casa, carro, trailer e ofereceu bons estudos aos filhos com o lucro das salsichas com mostarda e pão.
       Sem ter ideia do que é um Plano de Negócios ou Estudo de Mercado, Maria, em menos de um ano, pretende abrir sua casa de lanches. “Grande, confortável, quero oferecer o melhor para meus clientes”, afirma ela. É uma forma de crescer e fugir do preconceito existente. “O pessoal acha que meus clientes são do “povão”, a classe baixa e, é muito pelo contrário,” defende.
       Sonhos, como este, movem os brasileiros. Não é necessário uma grande fortuna, carros do ano ou joias importadas. A cara do Brasil é essa; cara de quem trabalha 15 horas diárias, cara de quem opta (ou deveria optar) pela honestidade e simplicidade, cara de quem apesar das dificuldades, doa suor e oferece estudo aos filhos, para que estes, tenham também no que se mover.


Vitória Lovat

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Pra Não Esquecer

amiga:
aniversário dele
mandei mensagem no celular
ele ainda tinha meu número
me respondeu
eu tremi

amiga2:
manda ele aonde nunca foi
hahahahaha

amiga:
mais fácil eu mandar um eu te amo

domingo, 21 de agosto de 2011

E se minha vida virasse um livro?

    E se minha vida virasse um livro? E se eu pudesse compartilhar cada sentimento com milhares de desconhecidos? Pessoas dos quatro cantos do país se emocionando em cada página, com uma história que, até então, é só minha e, talvez, de algumas amigas.
    Meu livro não poderia ser um livro qualquer, minha vida não é qualquer coisa pacata e sem emoção como a de tanta gente. Eu queria mesmo um best-seller, umas duzentas páginas traduzidas para o maior número de idiomas possível. Não é querer aparecer, é querer fazer a diferença. Eu convidaria o leitor a entrar na minha própria história, ter o direito de compartilhar as emoções descritas ou revoltar-se com qualquer ideia divergente. Permito que encham minha caixa de emails e respondo a todos.
    Fazer a diferença, este seria o foco. É o que eu realmente busco a cada dia e é para isso tudo o que faço, procuro de alguma forma tocar as pessoas. A arte é minha constante companheira. Lembro que, há algum tempo, disse com plena certeza de que eu seria uma pessoa completa e realizada apenas quando atingisse meu objetivo de vida: levar emoção às pessoas com o tantinho de sensibilidade para as artes que nosso amigo lá em cima me deu.
    Quero cantar, quero tocar meu violão e, por mais simples que seja, passar a verdade de quem faz música com o coração. Quero atuar; quero viver a cada meia hora a vida de um personagem diferente; quero que esse personagem me leve e me mostre fantasias. Não quero pés no chão, quero voar; quero liberdade, sonhar e ter a determinação suficiente para não desistir do que parece impossível de se conseguir.
    Não seria um desses livros clichês com finais felizes ou frases de autoajuda, nem um livro de alguém que vive a procurar a felicidade. Eu não busco a felicidade, eu vivo a felicidade. Vivo apaixonada pela própria vida que seja. Porque viver com intensidade é coisa para poucos.



Vitória Lovat