E se minha vida virasse um livro? E se eu pudesse compartilhar cada sentimento com milhares de desconhecidos? Pessoas dos quatro cantos do país se emocionando em cada página, com uma história que, até então, é só minha e, talvez, de algumas amigas.
Meu livro não poderia ser um livro qualquer, minha vida não é qualquer coisa pacata e sem emoção como a de tanta gente. Eu queria mesmo um best-seller, umas duzentas páginas traduzidas para o maior número de idiomas possível. Não é querer aparecer, é querer fazer a diferença. Eu convidaria o leitor a entrar na minha própria história, ter o direito de compartilhar as emoções descritas ou revoltar-se com qualquer ideia divergente. Permito que encham minha caixa de emails e respondo a todos.Fazer a diferença, este seria o foco. É o que eu realmente busco a cada dia e é para isso tudo o que faço, procuro de alguma forma tocar as pessoas. A arte é minha constante companheira. Lembro que, há algum tempo, disse com plena certeza de que eu seria uma pessoa completa e realizada apenas quando atingisse meu objetivo de vida: levar emoção às pessoas com o tantinho de sensibilidade para as artes que nosso amigo lá em cima me deu.
Quero cantar, quero tocar meu violão e, por mais simples que seja, passar a verdade de quem faz música com o coração. Quero atuar; quero viver a cada meia hora a vida de um personagem diferente; quero que esse personagem me leve e me mostre fantasias. Não quero pés no chão, quero voar; quero liberdade, sonhar e ter a determinação suficiente para não desistir do que parece impossível de se conseguir.
Não seria um desses livros clichês com finais felizes ou frases de autoajuda, nem um livro de alguém que vive a procurar a felicidade. Eu não busco a felicidade, eu vivo a felicidade. Vivo apaixonada pela própria vida que seja. Porque viver com intensidade é coisa para poucos.
Vitória Lovat
Nenhum comentário:
Postar um comentário