Para educar, não se pode assustar as crianças, isso
bloquearia a aceitação de aprender música, havendo uma rejeição natural.
Aprender brincando é uma solução viável, trazer informações externas e do
conhecimento e dia-a-dia dos alunos facilita a memorização, obtendo melhor atenção para aplicar o conteúdo de
forma envolvente com o grupo.
A pedagoga Estela Cavaletti observa que em
um tempo onde tudo se encontra pronto e é dispensado o trabalho de pensar, é
satisfatório ver a realização da criança ao “produzir música” interferindo
principalmente na construção psicomotora. Estela alerta ainda para que o estudo
da música não seja sempre isolado, quando ela pode oferecer uma interação e
desenvolvimento em grupo. “As crianças dessa geração estão sendo pouco
investidas nas relações interpessoais, na troca com o outro”, observa.
A musicalização contribui para um melhor desenvolvimento da criança |
A diferença de idade exige uma diferente forma de
apresentar a música. Alunos bastante jovens não questionam o que é apresentado,
apenas absorvem a descoberta do universo sonoro, a diferenciação de ruído e som,
grave ou agudo, por exemplo. Os adolescentes nem sempre aceitam o que é
transmitido, questionando e esclarecendo dúvidas, fazem com que o professor
recorra a um trabalho também teórico e mais objetivo.
Todo o processo de musicalização deve ser aplicado por um
profissional qualificado para isso. “Nem todo músico, pode ser um educador”,
conclui a educadora e ressaltando ainda a importância de se trabalhar a música
brasileira que oferece juntamente com ela uma grande carga de cultura
desconhecida do nosso país.
Vitória Lovat
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